Trevo-vermelho: saiba para que serve

Trevo-vermelho - Trifolium pratense

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Conheça os benefícios, efeitos colaterais e propriedades medicinais do trevo-vermelho (Trifolium pratense), planta muito usada em casos de câncer e menopausa.

Atualizado em 12/04/2023

O trevo-vermelho (Trifolium pratense) é uma planta medicinal também conhecida como trevo-comum, trevo-de-vaca, trevo-do-prado, trevo-roxo, trevo-trifoliado, trevo-violeta, red clover (inglês), dentre outros nomes populares. Pertence à família das Leguminosas.

Benefícios e propriedades medicinais do trevo-vermelho

Estudos tentam demonstrar a eficácia do trevo-vermelho no combate à vários tipos de câncer, incluindo o câncer de mama e o câncer de próstata. Evidências preliminares sugerem que as isoflavonas da Trifolium pratense podem impedir o crescimento e até mesmo matar células cancerosas em função dos seus efeitos semelhantes aos do estrogênio. Apesar dos estudos preliminares terem demonstrado resultados positivos, os médicos ainda não podem recomendá-lo para o tratamento do câncer até que mais estudos sejam realizados.

O Trifolium pratense ajuda a eliminar ácido úrico do corpo, o que o torna útil para o tratamento da gota, vez que o excesso de ácido úrico no corpo causa a formação de cristais nas articulações. Os níveis de estrogênio ainda se mostram úteis para a prevenção da osteoporose. O trevo também é usado para acalmar tosses, diminuir inflamações de pele e melhorar a saúde em geral. E aplicado em forma de cataplasma em feridas, picadas de inseto, queimaduras e tumores. Compressas em dores artríticas e gota. Ducha para vaginite. Unta para inchaço linfático.

Redução dos "calores da menopausa"

O trevo-vermelho regula os níveis hormonais nas mulheres, vez que é composto de altos níveis de flavonoides, fitoestrógenos que simulam o efeito do estrogênio. Assim como os hormônios femininos produzidos pelo corpo, os fitoestrógenos se ligam aos mesmos receptores, contudo, agem de forma mais suave no organismo. Desta forma, o trevo é útil no tratamento das ondas e calor e suores noturnos durante a menopausa. Um estudo de 2002 observou uma redução de 44% nas ondas de calor em comparação com o grupo placebo.

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Composição

O Trifolium pratense possui mais de 120 compostos químicos identificados, incluindo os importantes ácidos fenólicos (ácido salicílico), ácidos graxos, amido, cumarina, flavonoides, isoflavonas, óleo essencial e sitosterol. As isoflavonas agem de maneira semelhante ao hormônio feminino estrogênio. A genisteína inibe a fabricação de uma enzima que produz orto-fosfo-tirosina (um indicador de câncer). Além disso, contém cálcio, cromo, fósforo, magnésio, niacina, potássio, tiamina e vitamina C. Na culinária, as folhas e flores jovens são comestíveis em pequenas quantidades. Sementes são acrescentadas a pães. As raízes podem ser consumidas como um legume cozido.

Contraindicações e efeitos colaterais do trevo-vermelho

Mesmo tendo a capacidade de eliminar toxinas do organismo, o trevo pode diluir o sangue. Deste modo, não deve ser utilizado sem supervisão médica.

História e curiosidades

Na antiguidade, o trevo era chamado de triphyllon, que significa três folhas. Este termo também relaciona ao nome comum que significa "três-copado". Era dito que as três folhas correspondiam às deusas de tríade na mitologia grega. Posteriormente, o trevo passou a significar a Trindade no Cristianismo. A espécie Trifolium pratense faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.

Referências:
Coon, Joanna Thompson, Max H. Pittler, and Edzard Ernst. "Trifolium pratense isoflavones in the treatment of menopausal hot flushes: a systematic review and meta-analysis." Phytomedicine 14.2-3 (2007): 153-159.
Booth, N. L., Piersen, C. E., Banuvar, S., Geller, S. E., Shulman, L. P., & Farnsworth, N. R. (2006). Clinical studies of red clover (Trifolium pratense) dietary supplements in menopause: a literature review. Menopause, 13(2), 251-264.
Hidalgo, Luis A., et al. "The effect of red clover isoflavones on menopausal symptoms, lipids and vaginal cytology in menopausal women: a randomized, double-blind, placebo-controlled study." Gynecological Endocrinology 21.5 (2005): 257-264.
The Clinician's Handbook of Natural Healing.
Journal of Cancer Research and Clinical Oncology, 1993. A. Maucher, et al, Evaluation of the Antitumor Activity of Coumarin in Protate Cancer Models.
Cassady, John M., et al. "Use of a mammalian cell culture benzo (a) pyrene metabolism assay for the detection of potential anticarcinogens from natural products: inhibition of metabolism by biochanin A, an isoflavone from Trifolium pratense L." Cancer research 48.22 (1988): 6257-6261.
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