Ginkgo biloba: saiba para que serve

Ginkgo biloba

Conheça os benefícios, efeitos colaterais, indicações e propriedades medicinais do Ginkgo biloba, planta medicinal muito usada na medicina tradicional chinesa.

ATUALIZADO EM Atualizado em 21/09/2022

O Ginkgo biloba é uma planta medicinal nativa do norte da China, também conhecida como ginkgo, ginco, ginseng-biloba, noz-japonesa, dentre outros nomes populares. O Ginkgo é considerado um das espécies de árvore mais antigas do mundo e tem resistência alta a patologias vegetais. A árvore Ginkgo biloba é uma das mais antigas espécie vivas do mundo e acredita-se que possua cerca de 250 milhões de anos.

Benefícios do Ginkgo biloba

As folhas do Ginkgo biloba são colhidas para serem utilizadas na medicina natural durante o outono, quando começam a ficar amareladas. Isso ocorre devido ao fato dos níveis de flavonoides nesta fase serem mais altos, potencializando os efeitos fitoterápicos. O extrato e as sementes também são utilizadas na medicina popular. O Ginkgo biloba é a erva medicinal mais utilizada para aumentar as funções cognitivas, ou seja, melhorar a memória, aprendizado, vigilância e humor. Ajuda o cérebro a utilizar melhor oxigênio e a glicose, além de melhorar a circulação periférica sem deixar a pessoa hiperativa.

Também é um poderoso antioxidante. Melhora a circulação sanguínea, protege os vasos capilares e ajuda a relaxar vasos sanguíneos de forma que mais nutrientes podem ser absorvidos pelo corpo. Possui ainda a função de não deixar acumular plaquetas sanguíneas. O aumento do fluxo sanguíneo cerebral melhora as taxas nas quais as informações são transmitidas. Pesquisas verificaram a eficácia do uso do Ginkgo biloba em atacar tumores no cérebro, fígado, mama e ovário. O extrato induziu as células malignas do organismo ao se autodestruírem e “talvez a planta esteja envolvida com a habilidade do organismo de causar apoptose, a morte programada de células defeituosas”, diz Daniel Cramer, diretor de Obstetrícia e Ginecologia Epidemiológica do Brigham and Women`s Hospital, ligado à Escola Médica Harvard, nos Estados Unidos.

Extrato de Ginkgo biloba

Um revisão literária em mais de De mais de 50 artigos publicados, identificou quatro estudos muito qualificados à respeito da capacidade do Ginkgo biloba em combater a Doença de Alzheimer. O uso do extrato de Ginkgo biloba em doses de 120 a 240 mg diárias no período de 3 a 6 meses apresentaram melhora objetiva da função cognitiva. Da mesma forma, o extrato não teve efeitos adversos significativos em ensaios clínicos formais. Apesar disso, mais pesquisas na área precisarão determinar se há melhorias funcionais e indicar a melhor dosagem. Pesquisas adicionais também são necessárias para definir quais ingredientes do extrato de ginkgo estão produzindo seu efeito em indivíduos com o Mal de Alzheimer.

Propriedades das folhas e nozes

As folhas do Ginkgo biloba são usadas para o tratamento do Mal de Alzheimer, ansiedade, asma, cegueira, coágulos no sangue, arteriosclerose cerebral, surdez, demência, depressão, perda de audição, hemorroidas, impotência sexual, degeneração macular, perda de memória, flebite, problemas circulatórios, Mal de Reynaud, senilidade, danos cranianos crânio, golpes, zunidos nos ouvidos, veias varicosas, vertigem e perda de visão. As nozes são utilizadas para tratar asma, irritação na bexiga, câncer, catarro, diabetes, difteria, disenteria, problemas renais, incontinência urinária, febre tifoide, zunido nos ouvidos, tuberculose, urinação frequente, infecção vaginal e doença vascular periférica.

Contraindicações e efeitos colaterais do Ginkgo biloba

As sementes internas são comestíveis quando assadas. A noz não é sugerida para uso por tempo prolongado. O uso excessivo pode causar febre e dor de cabeça. Os efeitos colaterais ao usar as folhas são raros, contudo, grandes doses podem causar perturbações gastrointestinais e dores de cabeça.

História e curiosidades

A utilização de extratos da folha do Ginkgo biloba pode ser rastreada por mais de 5000 anos na medicina tradicional chinesa. Depois de sobreviver aos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, a resistência da planta para todos os tipos de poluição, vírus e fungos, tornou-se lendária. O Ginkgo biloba faz parte da família Ginkgoaceae.

Referências:
Ye, Bin, et al. “Ginkgo biloba and ovarian cancer prevention: epidemiological and biological evidence.” Cancer letters 251.1 (2007): 43-52.
Oken, Barry S., Daniel M. Storzbach, and Jeffrey A. Kaye. “The efficacy of Ginkgo biloba on cognitive function in Alzheimer disease.” Archives of neurology 55.11 (1998): 1409-1415.
Kleijnen, Jos, and Paul Knipschild. “Ginkgo biloba for cerebral insufficiency.” British journal of clinical pharmacology 34.4 (1992): 352-358.
McKenna, Dennis J., Kenneth Jones, and Kerry Hughes. “Efficacy, safety, and use of ginkgo biloba in clinical and preclinical applications.” Alternative therapies in health and medicine 7.5 (2001): 70.