Tanaceto: saiba para que serve o chá

Tanacetum parthenium - TANACETO; FEVERFEW

Conheça os benefícios, efeitos e propriedades medicinais do tanaceto (Tanacetum parthenium / Chrysanthemum parthenium), também conhecido como abaixa-febre.

ATUALIZADO EM Atualizado em 27/12/2023

O tanaceto (Tanacetum parthenium) é uma planta medicinal também conhecida como abaixa-febre (feverfew, em inglês), cantiga-de-mulata, crisântemo-de-jardim, matricária-comum, quinina-selvagem, rainha-das-ervas, dentre outros nomes populares. Inclui o sinônimo botânico Chrysanthemum parthenium. O tanaceto faz parte da família Asteraceae.

Benefícios do tanaceto

Durante muitos séculos, o tanaceto foi utilizado para aliviar febres, dores de cabeça, dores no estômago, dores de dente, picadas de insetos, infertilidade e problemas de menstruação e trabalho durante o parto. Continua sendo bastante utilizado para combater enxaquecas, artrite, psoríase, alergias, asma, zumbido, tonturas, náuseas e vômitos. O tanaceto ajuda a inibir agregação de plaqueta sanguínea e a biogênese de prostaglandinas que causam inflamação. Para menstruações dolorosas, é realizado um “banho de sitz”.

O tanaceto pode ser administrado como forma seca ou fresca, mas os extratos dos óleos voláteis também são utilizados para lavagens, tinturas e suplementos. Apesar dos muitos benefícios potenciais, o uso deve ser monitorado e supervisionado, vez que pode interagir com outros medicamentos. Apesar de ser o ingrediente ativo mais conhecido, o tanaceto possui uma variedade de óleos e taninos que também têm efeitos sobre a saúde humana.

Efeitos do chá de tanaceto para aliviar dores de cabeça e enxaquecas

Chá de tanaceto

O tanaceto possui um analgésico advindo do seu bioquímico partenolida, que reduz o alargamento dos vasos sanguíneos que ocorre nas enxaquecas, podendo em alguns casos ser mais até mais eficaz do que outros anti-inflamatórios não esteroides, como a aspirina. O chá das folhas e flores são aplicadas em compressas para aliviar dores de cabeça e vertigens. A propriedade medicinal mais acentuada do tanaceto diz respeito ao seu claro efeito sobre dores de cabeça e enxaquecas. Um dos efeitos dos ingredientes ativos é a prevenção da acumulação de plaquetas em capilares e vasos sanguíneos, fator que causa tensão no sistema cardiovascular e causa dores de cabeça e enxaquecas. Ao aliviar e relaxar esses vasos, a erva é capaz de eliminar rapidamente essas condições dolorosas. Diversas pesquisas mostram que o consumo do chá de tanaceto reduz a frequência de dores de cabeça de enxaqueca e sintomas de dor de cabeça, incluindo dor, náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao ruído, de uma maneira muito mais poderosa que remédios quimicamente tratados.

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Contraindicações e efeitos colaterais do tanaceto

O tanaceto é mais seguro quando ingerido via oral de forma adequada no curto prazo (até quatro meses). Alguns possíveis efeitos secundários podem incluir dor no estômago, azia, diarreia, constipação, inchaço, flatulência, náuseas e vômitos. Outros efeitos adversos relatados incluem nervosismo, tonturas, dor de cabeça, dificuldade em dormir, rigidez articular, cansaço, alterações menstruais, erupção cutânea, coração batendo e ganho de peso.

A ingestão de folhas frescas mastigadas não é adequada, vez que pode causar feridas bucais; inchaço da boca, língua e lábios; e perda de gosto. O tanaceto não é indicado para ser tomado por via oral durante a gravidez, vez que existe a preocupação de que isso possa causar contrações precoces e aborto espontâneo.

História e curiosidades

O nome do gênero Tanacetum é derivado de Anthanasis, que significa “imortal”, vez que suas flores são extremamente duradouras. Da mesma forma, tais flores são ornamentais e, devido à sua resistência, muitas vezes podem se espalhar para grandes áreas de terra rapidamente, sendo consideradas invasivas em alguns habitats.

Referências:
Pareek, Anil, et al. “Feverfew (Tanacetum parthenium L.): A systematic review.” Pharmacognosy reviews 5.9 (2011): 103.
Williams, Christine A., et al. “The flavonoids of Tanacetum parthenium and T. vulgare and their anti-inflammatory properties.” Phytochemistry 51.3 (1999): 417-423.
Felipe, Márcia Reis, et al. “Implicações da alimentação e nutrição e do uso de fitoterápicos na profilaxia e tratamento sintomático da enxaqueca: uma revisão.” Nutrire Rev. Soc. Bras. Aliment. Nutr 35.2 (2010).