Frângula: saiba para que serve o chá

Amieiro-negro (frângula) - Rhamnus frangula

Conheça os benefícios, efeitos colaterais, indicações e propriedades medicinais da frângula (Rhamnus frangula), planta também conhecida como amieiro-negro.

ATUALIZADO EM Atualizado em 21/09/2022

A frângula (Rhamnus frangula) é uma planta medicinal também conhecida amieiro-negro, amieiro-preto, frangola, lagarinho, sangurinheiro, sanguinheiro, sanguinho-de-água, zangarinheiro, zangarinho, alder buckthorn, black alder tree (inglês), dentre outros nomes populares. Inclui os sinônimos botânicos Frangula alnus, Rhamnus cathartica, Rhamnus sanguinea e outras variedades.

Benefícios e propriedades medicinais da frângula

A frângula possui propriedades digestivas, laxativas, purgativas e tônicas. Desta forma, é muito indicada para o tratamento de distúrbios no estômago e intestino. Segundo testes clínicos, pode ser usada para aumentar peristaltismo estomacal e tratar problemas no baço. Além disso, pode ser usada como medicamento para constipação crônica. Também é usada para o tratamento de problemas no fígado e distúrbios de prisão de ventre. Especialistas apontam que a frângula é capaz de eliminar parasitas intestinais e tratar problemas na vesícula.

FIGAPRO

Figapro é o suplemento alimentar mais utilizado no Brasil para auxiliar a eliminar gordura do fígado e melhorar o funcionamento do sistema digestivo.

Chá de frângula

Chá de frângula

Chá de frângula

O chá da frângula é indicado para pessoas que desejam perder peso, vez que funciona como um regulador digestivo e um elemento detox para a limpeza do organismo. Como agente antifúngico, mostra atividade contra contra AspergillusFusarium e Trichophytum. A frângula pode ser encontrada em forma de extrato, óleo essencial e xarope (produzido por meio dos frutos). Contudo, é mais comum consumi-la em forma de chá medicinal.

Ingredientes

  • 5g de cascas secas.
  • 400 ml de água.

Modo de preparo

  • Coloque as folhas secas na água e ferva por cerca de 10 minutos.
  • Após a mistura levantar fervura, é preciso desligar o fogo e tampar o recipiente.
  • Deixe o chá descansar por duas horas.
  • Após esse período, é preciso coar a mistura e armazená-la em um recipiente vedado e higienizado.

O recomendado é beber uma xícara de chá de frângula antes de cada refeição, contudo, essa dosagem pode variar dependendo do tipo de tratamento. O ideal é sempre seguir as orientações de um especialista em medicina natural.

Composição

A composição química do amieiro-negro é vasta e incluem substâncias como aloe-emodina, aloína, antraquinonas, barbaloína, betacaroteno, catequina, franganina, kaempferol, robinina, tanino, tocoferol, dentre outras substâncias. As antraquinonas possuem um efeito laxativo. Os princípios amargos estimulam a digestão.

Contraindicações e efeitos colaterais da frângula

O uso em excesso pode causar inflamações intestinais agudas, incluindo a doença de Crohn. O uso é contraindicado para gestantes e lactantes, vez que os componentes químicos podem ser repassados para o bebê, desencadeando reações adversas. Não deve ser utilizada em casos de colite, hemorroidas e úlceras. Os frutos são ligeiramente tóxicos e podem causar vômito. O recomendado, segundo estudos, é ingerir no máximo 10g por dia de Rhamnus frangula.

História e curiosidades

A madeira do amieiro-negro é muito rígida e durável. Já foi muito usada para fazer sapatos. O carvão proveniente da queima da madeira é muito utilizado por fabricantes de pólvora. O amieiro-negro é muito comum em Portugal. A Rhamnus frangula faz parte da família Rhamnaceae.

Referências:
Godwin, H. (1943). F. alnus Miller. Journal of Ecology, 31(1), 77-92.
Kremer, D., Kosalec, I., Locatelli, M., Epifano, F., Genovese, S., Carlucci, G., & Končić, M. Z. (2012). Anthraquinone profiles, antioxidant and antimicrobial properties of Frangla rupestris (Scop.) Schur and Frangula alnus Mill. bark. Food chemistry, 131(4), 1174-1180.
Manojlovic, N. T., Solujic, S., Sukdolak, S., & Milosev, M. (2005). Antifungal activity of Rubia tinctorum, Rhamnus f. and Caloplaca cerina. Fitoterapia, 76(2), 244-246.