Óleo de Aloe vera: saiba para que serve

Óleo de Aloe vera (babosa)

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Benefícios, composição, modo de uso, propriedades funcionais, medicinais e terapêuticas do óleo de Aloe vera, amplamente utilizado para tratar doenças de pele

Atualizado em 17/06/2024

A Aloe vera, conhecida popularmente como babosa, é uma planta suculenta utilizada há muito tempo em diversas regiões do mundo para fins medicinais, cosméticos e até para alimentação. O óleo de Aloe vera (óleo vegetal da babosa), que possui vida útil maior que o gel, tem sido muito utilizado na cosmetologia devido às suas propriedades hidratantes, anti-inflamatórias e cicatrizantes.

Composição e extração do óleo de Aloe vera

O óleo de Aloe vera apresenta diversos bioativos responsáveis pelas suas propriedades, tais como antraquinonas, polissacarídeos e esteroides. Os polissacarídeos conferem as propriedades de hidratação da planta devido à presença de hidrogênio e Omus (gênero de besouros que habitam as agaves). Os polissacarídeos ainda estimulam a produção de colágeno, sendo este importante para uma pele de aparência mais jovem. As prostaglandinas presentes na Aloe vera têm papel importante na cicatrização de feridas, juntamente com ácidos graxos, enzimas, aminoácidos, vitaminas, minerais e outras substâncias.

A produção do óleo de babosa é feito através do processo de extração por maceração. Nesse caso, o caule e as folhas da Aloe vera são macerados, juntamente com o gel. Após isso, a agave é colocada em um óleo aquecido a altas temperaturas, para que o óleo absorva os nutrientes da babosa. Logo depois, a mistura é filtrada para remover os componentes da planta. Uma vantagem interessante do óleo de babosa quando comparado ao gel é a sua vida útil, que pode ser de oito a dez meses.

Benefícios e usos do óleo de Aloe vera

O óleo de babosa tem sido amplamente utilizado tanto para manter a pele e os cabelos hidratados, quanto para curar feridas. Geralmente o óleo é utilizado puro ou diluído em cremes, condicionadores ou xampus.

Efeito anti-inflamatório e antisséptico

A Aloe vera tem sido utilizada de forma eficaz para promover a cicatrização e cura de queimaduras, feridas superficiais, picadas de inseto, artrites, dentre outras condições de saúde. Devido às suas propriedades anti-inflamatórias, é capaz de reparar os tecidos de fora para dentro e reduzir a dor causada por essas condições. Isso é possível devido à presença de componentes anti-inflamatórios, incluindo várias glicoproteínas, salicilatos e substâncias que estimulam o crescimento da pele e do tecido conjuntivo. A Aloe vera ainda contém várias vitaminas e minerais que são necessários para a cura, incluindo vitamina C, vitamina E e zinco. A planta também exerce efeitos antibacterianos e antifúngicos e, portanto, ajuda a prevenir infecções. Segundo estudos, a Aloe vera apresenta eficácia maior que o antisséptico sulfadiazina de prata contra bactérias que podem infectar a pele.

Efeito hidratante

O poder de hidratação da babosa se deve principalmente à sua capacidade de penetrar nas três camadas da pele (derme, epiderme e hipoderme) e fibras capilares, restituindo líquidos perdidos. Isso porque o enxofre presente na planta é eficiente para hidratar tecidos secos e rígidos (com perda de colágeno). Seus benefícios para a pele e cabelo são inúmeros, uma vez que o uso de Aloe ainda pode estimular a produção de colágeno, sendo esta proteína essencial para a elasticidade e resistência da pele e para a saúde dos cabelos. Pesquisas recentes ainda mostram que o extrato de Aloe vera também potencializa a absorção da vitamina C pela pele, melhorando assim sua biodisponibilidade e concentração nas camadas mais profundas.

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Contraindicações e efeitos colaterais do óleo de Aloe vera

O uso do óleo de Aloe vera geralmente é seguro para uso tópico, mas recomenda-se que primeiro seja aplicado em uma pequena área para testar uma possível reação alérgica. O uso é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade à substância e também deve ser evitado por pessoas com alergia a plantas da família Liliaceae (alho, cebola e tulipas).

Óleo de Aloe vera: INFORMAÇÕES

Nome científico

Aloe vera L.

Benefícios primários

Efeito cicatrizante e hidratante.

Composição química do óleo de Aloe vera

Aloína, emodina livre, esteroides (campesterol e lupeol), heterosídeos antraquinônicos (barbaloína), polissacarídeos (aloeferon) e resina.

Parte utilizada

Óleo extraído da folha.

Modo de uso

Adicionar algumas gotas do óleo puro a área de interesse ou diluir em máscaras, xampus, condicionadores, cremes sem enxágue ou até mesmo à água, para borrifar nos cabelos.

Precauções

Uso externo. Pode causar irritação cutânea. Mantenha fora do alcance de crianças. Em caso de gravidez ou em caso de tratamento, consulte o seu médico. Evite contato com os olhos, ouvidos e áreas sensíveis. Em caso de contato com os olhos, enxágue com óleo vegetal em abundância. Em caso de irritação, descontinue o uso e procure um médico. Mantenha o produto ao abrigo da luz e do calor.

História e curiosidades

O gênero Aloe possui mais de 400 espécies. Dentre elas, a mais cultivada é a babosa, de nome científico Aloe vera (L.) Burm. f. (sinonímia Aloe barbadensis Miller) que pertencente à família Xanthorrhoeaceae. O nome “Aloe” deriva do grego “alóe”, do árabe “alloeh” e do hebraico “halal”, o que significa “substância amarga e brilhante”. Já o nome “vera” significa verdadeira.

A babosa é uma planta que tem folhas em forma de lança, que crescem numa forma de pétalas de rosa. As folhas são grossas, suculentas e orladas de espinhos em serrilha. Suas folhas podem crescer até 75 cm e pesar até 2,3 kg. A agave em forma de cacto, é nativa do norte da África, onde há desertos e estepes. Sendo assim, consegue sobreviver em ambientes hostis. Contudo, para se manter saudável, a Aloe vera precisa de bastante luz solar direta e solo bem drenado.

Uso milenar

O uso da Aloe vera é milenar, vez que o seu uso é mencionado em registros que datam 1750 a.C. Acredita-se que a planta foi usada pela primeira vez no Egito ou no Oriente Médio. Isso porque foram encontrados desenhos de babosa nas paredes dos cemitérios dessas regiões. Supõe-se que ela era usada em procedimentos de embalsamento de múmias. Há inclusive uma lenda de que a Cleópatra usava Aloe vera para manter a pele bonita e macia. Plínio e Dioscórides, da Grécia antiga, escreveram sobre os efeitos curativos. Além disso, Alexandre o Grande teria conquistado Madagáscar para que pudesse usar a Aloe vera que cresce lá para tratar ferimentos de soldados. A agave também tem servido como remédio na prática indiana da medicina ayurvédica.

Referências
FREITAS, V. S.; RODRIGUES, R. A. F.; GASPI, F. O. G. Pharmacological activities of Aloe vera (L.) Burm. f. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 16, n. 2, p. 299-307, 2014.
LONGE, Jacqueline L. The GALE ENCYCLOPEDIA of Alternative MEDICINE, Vol. 3, Jacqueline L. Longe, 2005, Thomson Gale. Thomson Gale, a part of The Thomson Corporation., 2005.
PARENTE, Leila Maria Leal et al. Aloe vera: características botânicas, fitoquímicas e terapêuticas. Arte Méd Ampl, v. 33, n. 4, p. 160-4, 2013.
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