A cinchona (Cinchona calisaya) é uma planta medicinal também conhecida como quina-amarela, quina, quinina, cinchona-peruana, cinchona-amarela, casca-peruana, casca-vermelha, casca-de-cinchona, pó-dos-Jesuítas, raiz-dos-Jesuítas e calisaya.
Benefícios da cinchona
A cinchona é um remédio natural que sempre foi usado para combater todas formas de malária. O pó da casca desta árvore nativa da região dos Andes (América do Sul) é fonte de quinina, um alcaloide de gosto amargo, que possui funções antitérmicas, antimaláricas e analgésicas. O sulfato de quinina é o quinino e sua descoberta no século XVII tornou a uma planta famosa no tratamento da malária, febre e dores comuns. Durante três séculos, a quinina foi o único remédio eficaz conhecido para curar a malária.
Quinina
A quinina - um pó branco, inodoro e de sabor amargo - é uma substância utilizada no tratamento de malária e arritmias cardíacas. O composto presente na cinchona responsável pela tratamento de arritmia cardíaca é a quinidina, que se tornou uma das bases de medicações padrões anti-arrítmicas. A cinchona é um ótimo febrífugo, tônico e adstringente. É muito útil para o tratamento da gripe e debilidade. O extrato líquido da quina-amarela é útil para auxiliar no tratamento e cura do alcoolismo. A casca da quina-amarela é esponjosa, de odor leve, sabor amargo e fortemente adstringente.
Água tônica
A quinina é a origem do sabor amargo na água tônica. A mistura do tônico na bebida teve origem na Índia colonial, quando a população britânica misturava quinino aos seus tônicos medicinais para torná-los mais palatáveis. A água tônica é considerada um remédio seguro para o caso de câimbras noturnas, contudo, é muito diluída e, geralmente, contém menos de 1 por cento do montante de sulfato de quinino encontrado em uma dose terapêutica típica da droga.
Contraindicações e efeitos colaterais da cinchona
Grandes doses e o uso contínuo e prolongado podem causar dor de cabeça, tontura e surdez.
História e curiosidades
A quina era bem conhecida e muito usada pelos jesuítas, por isso recebeu o nome popular de pó-dos-Jesuítas. Em 1638, a Condessa de Chinchon, mulher de um vice-rei do Peru, reconheceu as propriedades medicinais da casca da quina-amarela. O nome do gênero foi dado pelo botânico Lineu, que nomeou a árvore em 1742.
Em 1860, o governo holandês começou a cultivar a quina na ilha de Java, na tentativa de monopolizar a produção mundial de quinina. Atualmente, é cultivada no mundo inteiro, principalmente na América do Sul e na Índia. Muitas vezes a erva é chamada de casca-peruana ou casca-do-Peru, onde é considerada como árvore nacional. No Brasil, o nome popular mais comum é quina-amarela. A Cinchona calisaya faz parte da família Rubiaceae.