O pilriteiro (Crataegus monogyna) é uma planta medicinal também conhecida como espinha-branca, espinheiro-alvar, espinheiro-branco, pirliteiro, pilruto (fruto), hawthorn, whitetorn (inglês), dentre outros nomes populares. Inclui o sinônimo botânico Crataegus laevigata. O fruto do pilriteiro é um pomo de coloração vermelha, com um caroço solitário, polpa comestível e de consistência farinhosa.
Benefícios e propriedades medicinais do pilriteiro
O pilriteiro age como adstringente, antiespasmódico, cardiotônico, diurético, hipotensivo, rejuvenescedor, sedativo, tônico e vasodilatador. Na medicina alternativa, é usado para o tratamento de distúrbios nos sistemas cardíaco e circulatório. Os frutos e as flores da árvore são hipotensivas e são indicadas para diminuir a pressão arterial alta. Muitos especialistas consideram o pilriteiro como um tônico para o coração, vez que ele aumenta o fluxo sanguíneo, equilibra os batimentos cardíacos e reduz a degeneração dos vasos sanguíneos.
O pilriteiro também é capaz de aliviar inflamações no músculo cardíaco, prevenir arteriosclerose e tratar problemas nervosos. É muito útil inclusive para em casos de angina, uma dor ou pressão no peito causada devido à insuficiência de fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco. O uso do chá do pilriteiro para o tratamento de insuficiência cardíaca é comprovado cientificamente. Outros usos medicinais populares incluem alivio e diminuição dos sintomas da febre e propriedades capazes de combater o envelhecimento precoce das células.
Chá de pilriteiro

Chá de pilriteiro
O chá de pilriteiro é bem simples de ser preparado e deve ser consumido cerca de três vezes por dia.
Ingredientes
- 1 colher de folhas secas.
- 200 ml de água.
Modo de preparo
- Ferva a água em uma chaleira.
- Quando atingir o ponto de ebulição desligue o fogo.
- Coloque as folhas na água.
- Deixe descansar por 20 minutos.
- Coe e beba.
Composição do pilriteiro
O pilriteiro contém superóxido dismutase (SOD), enzima que o organismo usa para estabilizar a estrutura das células. A SOD também remove o superóxido, o radical livre mais comum, e, portanto, é útil para combater as afecções relacionadas à idade. O extrato das folhas com flores é uma fonte de fitoquímicos antioxidantes. A Crataegus monogyna é composto de ácido cratególico, ácidos fenólicos, amina, cálcio, cobre, ferro, flavina, fósforo, potássio, proantocianidina, purina, saponina, sódio, vitaminas (A, C, complexo B, E e F), vitexina, zinco, dentre outros nutrientes e substâncias químicas.
Contraindicações e efeitos colaterais do pilriteiro
O uso é contraindicado por mulheres grávidas, vez que a planta pode intensificar o movimento uterino e aumentar o risco de sangramentos uterinos. O uso também não é indicado para pessoas que possuem problemas estomacais, como azia, esofagia ou gastrite. Pacientes com pressão baixa e indivíduos que possuem cardiopatias só devem usar sob recomendação e supervisão médicas. Em pessoas sensíveis, a Crataegus monogyna pode causar dispneia, dores de cabeça, fogacho, problemas gástricos, taquicardia, tonturas e vertigens. Quando usado em excesso, pode causar braquicardia, depressão respiratória e necrose hepática. O uso do pilriteiro deve ser evitado em pessoas com queimação ou que possuam deficiência da bexiga ou estômago.
Curiosidades
O pilriteiro é um espinheiro nativo da Ásia Ocidental, noroeste da África e grande parte da Europa. Cresce em clareiras, orlas de bosques e matagais, se adaptando muito bem lugares de clima sombrio. Trata-se de um arbusto que atinge 4 metros de altura, mas que em alguns casos pode alcançar até 10 metros. É uma planta espinhosa, caducifólia e com copa levemente arredondada.
O tronco possui a casca na coloração castanha. As folhas têm pecíolos bastante compridos, são alternadas e simples. As flores são reunidas em corimbos e possuem a coloração rosada ou branca. Os frutos amadurecem entre os meses de setembro a outubro. A espécie Crataegus monogyna faz parte da família Rosaceae.