A magnólia (Magnolia grandiflora) é uma planta medicinal também conhecida como magnólia-branca, magnólia-de-flores-grandes, magnólia-perene, magnólia-sempre-verde, dentre outros nomes populares. As magnólias pertencem à família Magnoliaceae.
Benefícios e propriedades medicinais da magnólia
Os brotos e as flores em forma de extratos ou em soluções de óleo volátil contêm óleos essenciais reconhecidos por suas ações para aliviar doenças respiratórias e gripes. Os extratos podem reduzir a pressão sanguínea e melhorar a capacidade respiratória. Na medicina popular, as flores da magnólia, antes da floração, possuem ação descongestionante e são usadas para congestão nasal (ajuda o corpo a expelir o muco), dores de cabeça, rinite e sinusite. Sua composição pode ser usada em fórmulas de remédios para asma e tosses.
Em muitos estudos, a magnólia teve propriedades atribuídas para tratamentos como a ansiedade e estresse. Na medicina tradicional chinesa, os tônicos produzidos com os extratos são usados para para tratar desconfortos abdominais, disfunções no intestino, gastrite, inchaços, dentre outros problemas no sistema digestivo. A sua extração é usada para lavagens de feridas e banhos a vapor para tratar a hidropisia, condição que consiste na retenção de fluidos nos tecidos internos.
Casca de magnólia
A casca da magnólia é diaforética, estimulante e tônica, sendo usada para o tratamento de cólicas menstruais, distensão abdominal, dores abdominais, indigestão, inchaços provocados por gases e líquidos, gastroenterite, malária, perda de apetite e reumatismo. Também aliviam condições de diarreias, espasmos intestinais e náuseas, tosses com infecções agudas e vômitos. Duchas auxiliam no tratamento de corrimentos vaginais.
Espécies de magnólia
As espécies M. grandiflora, M. officinalis (hou po) e M. glauca possuem a casca com maiores propriedades medicinais. A M. liliflora possui propriedades curativas em seus brotos, que são colhidos antes de florescerem. Outras espécies, incluindo a M. acuminata, M. foetida, M. schiedeana, M. tripetala, também são medicinais. Na América Central, a espécie M. schiedeana é usada topicamente em forma de cataplasma para tratar picadas de escorpião. As cascas são usadas para auxiliar pessoas que pretendem diminuir o vício do cigarro (tabaco) e também são alvo de pesquisas que pretendem comprovar a existência de um potencial agente para combater a disenteria amébica.
Composição da magnólia
As cascas das magnólias contém alcaloides (magnocurarina, magnoflorina, salicifolina), isomagnolol, magnolol, óleo essencial (eudesmol, maschilol, pineno), taninos e outras substâncias químicas. Os brotos fechados da flor possuem alcaloides, betacaroteno, óleo essencial (anetol, canfeno, cineol, estragol, eugenol, limoneno, pineno, safrol) e outras substâncias. A indústria farmacêutica e o mercado de cosméticos utilizam o extrato da magnólia na composição de muitos produtos, incluindo cremes, hidratantes, óleos para massagem e banho, perfumes, sabonetes e shampoos.
Contraindicações e efeitos colaterais da magnólia
Doses excessivas podem causar vertigens. Deve ser usada com precaução durante a gravidez. Na medicina chinesa, acredita-se que a magnólia é incompatível com o astrágalo.
História e curiosidades
As magnólias são nativas da China, contudo, é muito encontrada nas regiões da Carolina do Norte, Flórida (região central), Oklahoma e Texas. Possui grande porte e pode atingir até 20 metros de altura. Possui melhor propagação por meio de mudas de estaquias (meio de reprodução assexuada muito usada nas produções de mudas de frutíferas e ornamentais. As espécies se adaptam melhor em solos com grandes quantidades de nutrientes. Suas folhas são radiantes. Suas flores aromáticas e geralmente florescem na primavera e verão, possuindo formatos côncavos e cores amarelas, brancas, lilás e rosa. As suas belas flores foram consideradas um símbolo de pureza por milhares de anos.