Diversos estudos realizados ao redor do mundo relataram uma grande gama de bons resultados da jardinagem para grupos de todos os tipos de idades, fornecendo evidências robustas para os efeitos positivos da jardinagem no aumento da felicidade e melhora da qualidade de vida das pessoas.
Benefícios da jardinagem para a saúde
A maioria dos estudos revelou que a jardinagem pode ser útil para o tratamento da ansiedade, depressão e até mesmo perda de peso. A prática da jardinagem é benéfica inclusive para à saúde pública, vez que cria um senso de comunidade nas pessoas a partir do momento que os jardins são acessíveis para todos os tipos de pessoas, incluindo crianças e idosos. A "terapia hortícola" pode melhorar a saúde física, psicológica e social. Sob uma perspectiva de longo prazo, pode aliviar e prevenir vários problemas de saúde enfrentados pela sociedade atual.
Cuidar de um jardim reduz o estresse e é terapêutico. Quando praticada de forma habitual, auxilia na reabilitação de pacientes com deficiências físicas, problemas de socialização e até mesmo pacientes com distúrbios mentais. A jardinagem alivia o estresse, reduz à hipertensão e auxilia a regular o funcionamento do coração, relaxa os músculos, revitaliza a energia e acima de tudo oferece uma nova perspectiva sobre as coisas e a vida. O ato de cuidar do jardim por si só trabalha vários quesitos físicos do corpo. Andar, abaixar, cavar, enterrar e levantar são ações que queimam muitas calorias, aumentam a flexibilidade e reforçam as articulações.
Jardinagem para idosos e portadores de deficiências
É recomendada cautela ao começar a trabalhar em um jardim. A progressão deve ser gradativa. Não se deve começar logo no início cuidando de um jardim enorme, pelo contrário, a prática moderada é a que proporciona o maior benefício. O aumento das atividades deve ser acumulado ao longo do tempo, de acordo com o aumento da prática. Para os mais idosos, a jardinagem acaba sendo uma excelente terapia para o aproveitamento do tempo e por isso é importante uma boa dedicação ao jardim.
A jardinagem é uma atividade gratificante para as pessoas mais velhas e/ou com problemas de visão, vez que algumas habilidades acabam sendo desenvolvidas. No entanto, recomenda-se o uso de ferramentas com cores mais chamativas e fabricadas com materiais mais leves. É aconselhável a construção de caminhos bem definidos para explorar o jardim. Para pessoas com Mal de Alzheimer, o jardim deve conter menos espécies de vegetais. Além disso, espécies com sementes maiores e plantas com cheiro, forma e textura mais característica facilitam o cultivo.
Dicas de jardinagem
Cultivar flores ornamentais ou até mesmo ervas medicinais em casa pode ser uma terapia terapia saudável para todas as idades. Seguir algumas dicas de jardinagem é importante para economizar tempo e dinheiro. Saber como adubar o jardim, arar a terra e escolher a melhor hora para regar as plantas é importante para manter um jardim bonito e saudável. Antes de colocar as sementes, verifique a terra do vaso. Se estiver muito ressecada, pegue o vaso com e mergulhe-o com cuidado em uma bacia com água até que se formem bolhas. Após isso, retire o vaso da água e drene o excesso. Se a terra estiver muito socada, o procedimento recomendado para se fazer é pegar um garfo e misturar o solo de modo a criar vários sucos e facilitar a entrada de água.
Adubo
Uma das dicas de jardinagem mais importantes é com relação a adubagem do solo, que será essencial para o desenvolvimento dos vegetais. Caso uma área do jardim esteja com uma terra deficiente em nutrientes, considere a possibilidade de mesclar terras de outra áreas com maior número de nutrientes. Geralmente, uma terra mais escura e fofa significa melhor qualidade. Alguns compostos orgânicos como cinzas de lenha, sementes de café, além do conhecido esterco animal são adubos de alta qualidade. Muitas pessoas incorrem no erro de acharem que qualquer tipo de fezes animais são apropriadas para serem utilizadas como adubo. Vale ressaltar que apenas as fezes de animais que se alimentam inteiramente de compostos orgânicos (como é o caso do gado) são apropriadas para a adubagem.
O uso de fezes humanas como "adubo" pode ser bastante prejudicial, uma vez que contém vários rejeitos oriundos de produtos industrializados. Não hesite em fazer seu próprio composto orgânico. Utilize cascas de frutas, folhas caídas de árvores, restos de alimentos (cereais, frutas, legumes, verduras) e qualquer algum outro tipo de alimento não industrializado ou composto orgânico biodegradável pode se mostrar como um excelente adubo. Utilize um espaço apropriado para "preparar a mistura" (vez que o cheiro não é nada agradável). Não despeje todo o composto em apenas uma área do jardim. É necessário mesclar o adubo com a terra e distribuir de forma uniforme em todo o jardim inteiro.
Exposição a luz solar
Existem espécies que preferem o sol abundante na maior parte do dia, assim como existem espécies que se desenvolvem melhor na sombra. A maioria das hortaliças e ervas aromáticas, além de hibiscos, petúnias e rosas preferem bastante luz do sol. Outras espécies como a hortênsia se desenvolvem bem na sombra ou sob exposição moderada de luz. Caso a luz no ambiente seja escassa, crie um foco de luz artificial a uma distância mínima de 40 centímetros dos vegetais e posicione espelhos atrás dos vegetais. Parede brancas e móveis claro contribuem positivamente para a luminosidade do local. É aconselhável proteger o jardim ventos fortes, sejam eles frios ou quentes.
Rega
A melhor hora para regar é pela manhã (logo ao nascer do sol) ou ao anoitecer. Durante o processo, é aconselhável que a terra esteja afofada, para que assim a água possa se infiltrar nos poros da terra a uma profundidade mínima de 20 centímetros. Isso é importante para que o vegetal desenvolva bem suas raízes e, consequentemente, aumente sua fixação no solo. Muitas espécies de arbustos e árvores que atingem um grande porte em pouco tempo necessitam de grande fixação, evitando que as raízes dos mesmos fiquem muito rasas. Para saber se uma planta de vaso necessita de vaso, basta perfurar a terra com um dos dedos e comprovar se a terra está úmida.
O excesso de água é prejudicial para várias espécies e muitas delas pode não resistir e acabam perecendo. Adote doses moderadas de água na irrigação e, caso notar que existe uma carência de água, aumente a dose gradativamente. A falta d'água é reversível, enquanto os danos causados pelo excesso são muito difíceis de minimizar os danos. A irrigação necessária média para a maioria das espécies s deve ser de 2 a 3 vezes por semana. Caso cultive algum cacto, é aconselhável que o mantenha junto com outras espécies de características similares e em terrenos mais rasos. Como é sabido, os cactos armazenam uma grande quantidade de água em seu interior, sendo sua rega necessária apenas casualmente.
Proteger o jardim de formigas e insetos
Uma das dicas de jardinagem importantes serve para afastar formigas e outros insetos do jardim. Basta utilizar sal ou suco de limão. Caso você mantenha um jardim dentro de casa, faça pequenas "muralhas" de sal em volta do jardim. Caso o problema seja com plantas de vaso, despeje um pouco de suco de limão no pratinho ao redor. Isso deverá ser suficiente para afastar as formigas e vários outros insetos. Em árvores frutíferas, recomenda-se ferver um recipiente metálico com cal viva na base do caule, de modo que a fumaça suba até a parte superior da árvore (onde ficam as folhas e frutas). É imprescindível se proteger com luvas e máscara, vez que a inalação do cal é extremamente prejudicial para a saúde humana. A técnica de pintar o tronco das árvores com cal é uma boa barreira contra o avanço das formigas.
Existem milhares de espécies de orquídeas no mundo, inclusive no Brasil, país que concentra cerca de 10% de todas as variedades. Desta forma, antes de iniciar o cultivo de orquídeas, é necessário é identificar a espécie correta e saber sobre seu habitat natural, requisito essencial para o melhor desenvolvimento da flor.
Dicas de jardinagem para cultivar ervas medicinais
Arar o solo (ou preparar adequadamente as mudas), usar recursos naturais e favorecer a variedade vegetal são algumas soluções para preparar o terreno e diminuir o uso de produtos químicos em um projeto de jardim de ervas medicinais. Não é fácil fazer um jardim de ervas crescer naturalmente, mas é possível. Dando atenção a esses pequenos detalhes, o jardim de ervas pode ser bonito e barato.
Como planejar e preparar um jardim de ervas medicinais
O primeiro passo é fazer uma avaliação do espaço disponível, conhecer as características o jardim e definir que cultivar. É necessário calcular as dimensões do jardim, observar a exposição que ele terá a luz do sol, dentre outros fatores. Depois de determinar o objetivo é hora de preparar o jardim de ervas. Antes de colocar as mudas e/ou sementes, é importante remexer na terra (arar), para que o solo respire, rejuvenesça e fique mais fértil. Após isso, é aconselhável é adubar o solo utilizando-se de compostos naturais, estrume e restos de vegetais.
O próximo passo é escolher as espécies e analisar as características individuais do vegetal, observando os fatores como adaptação ao tipo de solo e exposição ao sol. Além disso, é preciso conhecer as características do clima e do vento do local. Algumas ervas são sensíveis a maresia em função da grande quantidade de sal no ar. Desta forma, prefira espécies nativas para não correr o risco de haver problemas de adaptação.
Como escolher as melhores ervas para o jardim
A casca do pinheiro utilizada no solo é opção barata e eficiente para para evitar a evaporação da água e proteger as raízes. Outra dica é colocar ervas como cebolinha e salsinha no meio do jardim, vez que elas exalam substâncias repelentes que afugentam insetos e inibem a ação de fungos. O anis e o manjericão são apenas algumas das ervas conhecidas por atrair insetos benéficos para o seu jardim. Dependendo da combinação, algumas plantas podem apresentar melhor desenvolvimento, como é o caso da cenoura. Algumas plantas não se desenvolvem bem perto umas das outras, como é o caso da abóbora e batata, pepino e sálvia. Rosas devem ser cultivadas separadamente umas das outras.
- Hortelã - colher hortelã com freqüência estimula seu crescimento, contudo, ele deve ser cultivado em um vaso separado para não correr o risco de se tornar uma erva-daninha. A hortelã-pimenta necessita de mais água do que a maioria das ervas e necessitam de solos bastante úmidos, mas não encharcados.
- Manjericão - atrai insetos benéficos e, quando cultivado próximo ao tomate, auxilia no seu desenvolvimento.
- Salsinha - para estimular a salsa a brotar mais rapidamente, amoleça as sementes mergulhando-as durante a noite em água morna. A salsa ainda possui a vantagem de espantar fungos e insetos do jardim.
- Sálvia - quando as flores não são removidas, semeiam e podem desorganizar o jardim.
- Tomilho - devem ser replantados a partir de sementes a cada dois ou três anos. Arbustos mais velhos são mais pobres em qualidades culinárias e medicinais.
Cuidados de jardinagem no cultivo de orquídeas
Após o colhimento das informações iniciais, é necessário se preocupar com a adubação, exposição à luz do sol e as regas. Cada espécie se desenvolve melhor em determinados recipientes (vasos, placas de madeira, xaxim ou fibra de coco), no próprio solo ou em terrenos pedregosos. Existem espécies epífitas (vivem sobre outras plantas utilizando-se apenas de apoio e sem dela retirar nutrientes e sem estabelecer contato com o solo). Quando introduzidas sobre árvores de grande porte, as orquídeas epífitas proporcionam beleza ao jardim.
A beleza, complexidade e diversidade das flores das orquídeas são inigualáveis e constituem a maior família de plantas com flores do mundo, com mais de 30.000 espécies e pelo menos 200.000 híbridos. As flores são encontradas em quase todos os habitats, vez que são extremamente adaptáveis ao ambiente. A maioria das orquídeas cultivadas é nativa dos trópicos e são epífitas. Suas grossas raízes brancas são especialmente adaptadas para absorver umidade e nutrientes dissolvidos.
Propagar orquídeas a partir de sementes é muito difícil, vez que ao contrário de outras sementes, as orquídeas não contêm tecidos de armazenamento nutritivo. Para crescer, a semente deve pousar onde encontrará um tipo particular de fungo que pode penetrar em seu sistema radicular e converter nutrientes em uma forma utilizável. Para superar as probabilidades, uma cápsula de semente de orquídea normalmente desembolsa milhões de sementes microscópicas que podem ser transportadas a centenas de quilômetros da planta-mãe.
Adubagem das orquídeas
A adubagem deve ser feita em um período de 12 em 12 dias, principalmente quando as orquídeas se encontram na fase de desenvolvimento. Nesta fase a coloração deve estar com um aspecto de um verde bem claro (semelhante ao repolho) e as raízes com pontas mais grossas e destacadas (o que evidência seu desenvolvimento para a escavação da terra). Ao comprar orquídeas, é necessário verificar com o florista sobre detalhes da espécie em questão. Muitas espécies necessitam de suplementação durante todo seu ciclo de vida.
Exposição à luz solar moderada
Quanto à exposição ao sol, é necessário ter cuidado com a exposição direta, lembrando que a maioria das orquídeas se desenvolve melhor em sombras ou locais em que o sol não incide diretamente. A maioria das espécies apenas aprecia os primeiros raios de sol matinais, que são mais fracos que o restante. Observado essas condições, escolha o melhor local para posicionar suas orquídeas. Como as orquídeas tropicais geralmente crescem no alto das árvores e não no chão da floresta, estão acostumadas a uma boa circulação de ar e muita luz. Tais espécies exigem uma alta intensidade de luz durante todo o ano.
Poda e rega das flores de orquídeas
Durante a poda se deve retirar apenas folhas doentes, mortas ou secas, além de hastes secas e novos brotos. Isso deve ser feito de forma manual, podendo utilizar uma tesoura de jardinagem pequena, esterilizada com fogo a cada novo corte (fator que evita o contágio para outras partes do vegetal). Tomando alguns cuidados, as orquídeas em sua maioria podem florir durante todo o ano. Apesar da terra constantemente úmida ser o melhor solo para o desenvolvimento das flores, o excesso de água é perigoso e não traz nenhum benefício. Nas orquídeas de vasos, a retenção de água nos “pratinhos” pode ser muito perigosa para o desenvolvimento da orquídea. Prefira vasos com muitos furos (inclusive na lateral) para que as raízes possam respirar, sobretudo em vasos de barro e plástico (transparente). Outra dica é inclinar o vaso, vez que auxilia na drenagem. Pendurar o vaso (inclinado) também é útil para proteger as orquídeas de doenças, insetos e pragas. A rega deve ser realizada uma vez por semana. Caso o clima estiver muito seco e quente a incidência poderá ser aumentada.
Dicas para comprar ervas, flores e plantas ornamentais
Antes de comprar ervas, flores ou para cultivar ou ornamentar em sua casa ou jardim, tenha em mente que algumas cautelas e medidas básicas são necessárias para que não ocorra nenhum transtorno. Algumas medidas inclusive, são muitas vezes ignoradas por jardineiros experientes.
Como escolher as melhores plantas para comprar?
Escolher corretamente pode ser uma grande diferença entre montar um jardim bonito e saudável e um jardim infrutífero. As dicas são importantes na hora de comprar flores e plantas ornamentais e até mesmo ervas medicinais. Caso seja leigo, hão hesite em pedir maiores detalhes ao funcionário da floricultura ou viveiro. Dê preferência para comprar em estabelecimentos especializados, como floriculturas e viveiros próprios, pois os mesmos costumam oferecer produtos com maior rigor de qualidade do que locais genéricos.
Outra questão fundamental é saber se a planta em questão é venenosa ou tóxica, vez que elas podem ser muito perigosas e causarem acidentes, principalmente em locais onde tenham animais de estimação ou crianças pequenas. Atualmente é possível comprar várias flores ornamentais e mudas por telefone e internet. Caso opte pela comodidade, consulte o catálogo online e, se possível, as referências da loja.
Antes de começar a preparar o jardim, veja como é o ambiente do local
Escolha espécies que se adaptam melhor ao clima e as condições da sua casa ou jardim (incluindo incidência de sol, disponibilidade que você terá para regar e podar, dentre outros fatores. Preste muita atenção no recipiente. O vaso deve ser proporcional com o porte da espécie para que não haja o risco da raiz se desenvolver incompletamente ou que ocorra problemas na hora de transferi-la para o jardim. Dependendo da combinação, algumas plantas podem apresentar melhor desenvolvimento, como é o caso da cenoura. Algumas espécies não se desenvolvem bem perto umas das outras, como é o caso da abóbora e batata, pepino e sálvia. Rosas devem ser cultivadas separadamente umas das outras.
Escolha as flores e plantas de qualidade
As plantas pequenas e com brotos novos costumam ser mais baratas e possuem melhor adaptação do que as mais antigas e maiores. Evite mudas estejam com pouquíssimas folhas ou caules mal desenvolvidos. Não escolhas plantas cujas raízes se encontram na superfície do solo ou tenham se desenvolvido nos orifícios de drenagem dos vasos. Isso é um claro sinal de que elas se encontram há muito tempo no mesmo vaso. As raízes devem ser abundantes e ter coloração clara (o que indica boa saúde e desenvolvimento regular). Na maioria das espécies, raízes muito escuras costumam significar sintomas de apodrecimento, causadas principalmente por encharcamento.
Não escolha plantas que tenham folhas amarelas, murchas, com borda ressecada ou com buracos. Observe bem a parte inferior para ter certeza que não existem manchas ou indícios de que o vegetal sofre com doenças causadas por fungos. Neste caso, há também o risco de contaminação dos demais vegetais já existentes no local. Se o espécime estiver seco, com mofo na superfície ou com algum sinal de erva daninha, o melhor é escolher outro exemplar. Dê preferência a flores que tenham muitos botões ainda por abrir ao invés de escolher as que estejam totalmente florescidas. Em vegetais de médio e grande porte, é sempre bom dar uma puxada no caule, forçando um pouco em direção oposta ao solo para comprovar que o arbusto ou árvore permanecerá imóvel e bem fixado. Quando as raízes saem com facilidade, isso é sinal de que a árvore foi recém transplantada para a terra e que a mesma poderia ter vários problemas de se manter fixa no solo.