Erva-de-Santa-Maria: saiba para que serve

Dysphania ambrosioides / Chenopodium ambrosioides - ERVA-DE-SANTA-MARIA

Conheça os benefícios, efeitos colaterais e propriedades medicinais da erva-de-Santa-Maria (Chenopodium ambrosioides), também chamada de ambrósia e ambrosina.

ATUALIZADO EM Atualizado em 27/12/2023

A erva-de-Santa-Maria (Dysphania ambrosioides) é uma planta medicinal também conhecida como ambrósia, ambrósia-do-México, ambrosina, apazote, chá-da-Espanha, chá-do-México, chá-dos-jesuítas, cravinho-do-campo, cravinho-do-mato, erva-ambrósia, erva-do-México, erva-santa, lombrigueira, mastruço, mastruz, menstruço, herba sancti mariae, wormseed (Chenopodium anthelminticum) (inglês), dentre outros nomes populares.

Sinonímia científica

Atualmente, o nome botânico “Chenopodium ambrosioides” ainda é mais comumente utilizado para se referir à erva-de-santa-maria. Embora a reclassificação para “Dysphania ambrosioides” seja reconhecida e aceita no meio científico, muitos textos, especialmente aqueles fora do âmbito estritamente acadêmico ou científico, continuam a usar o nome Chenopodium ambrosioides.

Benefícios da erva-de-Santa-Maria

A erva-de-Santa-Maria não mata lombrigas como os nematelmintos, mas os paralisa de forma que eles possam ser eliminados do corpo. É usada combinada com outras ervas purgantes para eliminar tais lombrigas. A ambrosina contém um óleo essencial composto de até 70% de ascaridole, que confere a planta propriedades medicinais semelhantes ao boldo-chileno, com fortes características pungentes e consumido na medicina popular como um chá digestivo. Também é usada para encher colchões e colocada em sachês para repelir insetos.

Atualmente, a Chenopodium ambrosioides é muito estudada em função de suas propriedades antioxidantes capazes de inibir a ação de tumores. Além disso, possui potenciais efeitos para anular as aflatoxinas, carcinógenos venenosos que são produzidos por certos fungos (Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus) que crescem no feno, grãos, solo e vegetação em decomposição. Tradicionalmente, é usada por nativos americanos como um cataplasma para tratar feridas e picadas de cobras. O chá da erva-de-Santa-Maria frio era usado para banhar bebês febris. O suco da erva é aplicado a hemorroidas. Em forma de lavagem, utilizada para tratar infecções fungosas como pé-de-atleta e lombriga.

Uso na culinária

Dysphania ambrosioides / Chenopodium ambrosioides - ERVA-DE-SANTA-MARIA

Dysphania ambrosioides / Chenopodium ambrosioides – ERVA-DE-SANTA-MARIA

Na culinária, a erva cozinhada juntamente com feijões, diminui os gases. Pode ser feito uma sopa com a erva, adicionando milho e moluscos. A erva-de-Santa-Maria é rica em cálcio, ferro, vitamina B2, vitamina C, dentre outros nutrientes.

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Contraindicações e efeitos colaterais da erva-de-Santa-Maria

O óleo essencial da erva-de-Santa-Maria já foi muito utilizado como vermífugo durante muito tempo, no entanto, outros vermífugos mais seguros para a saúde foram preteridos para uso em detrimento da planta. Doses grandes podem ser tóxicas e podem causar perda de audição, incontinência, vertigem e até levar a óbito. Só deve ser utilizada sob a supervisão de um profissional da saúde competente e em doses terapêuticas. Não deve ser utilizada durante a gravidez. Apesar de possuir aroma forte, não é utilizada na aromaterapia, vez que possui toxicidade.

História e curiosidades

A erva-de-Santa-Maria é encontrada no sul do México, América Central e América do Sul. Já foi utilizada pelos Aztecas e era conhecida como “semente para vermes”, devido ao seu uso tradicional como um tratamento para parasitas no intestino. Inclusive um dos nomes populares, mastruz, faz referências aos benefícios da planta para eliminar vermes intestinais. A espécie Chenopodium ambrosioides faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil. O Chenopodium ambrosioides faz parte da família Chenopodiaceae.

Referências:
Kumar, R., Mishra, A. K., Dubey, N. K., & Tripathi, Y. B. (2007). Evaluation of Chenopodium ambrosioides oil as a potential source of antifungal, antiaflatoxigenic and antioxidant activity. International journal of food microbiology, 115(2), 159-164.
Nascimento, F. R., Cruz, G. V., Pereira, P. V. S., Maciel, M. C., Silva, L. A., Azevedo, A. P. S. & Guerra, R. N. (2006). Ascitic and solid Ehrlich tumor inhibition by Chenopodium ambrosioides L. treatment. Life sciences, 78(22), 2650-2653.