Dente-de-leão: saiba para que serve o chá

Dente-de-leão - Taraxacum officinale

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Conheça os benefícios, efeitos colaterais e propriedades medicinais do chá de dente-de-leão (Taraxacum officinale) e os efeitos do extrato e tintura da planta.

Atualizado em 21/09/2022

O dente-de-leão (Taraxacum officinale) é uma planta medicinal também conhecida como taraxaco, taráxaco, amor-de-homem, amor-dos-homens, amargosa, alface-de-cão, coroa-do-sacerodote, esperança, margarida-irlandesa, salada-de-toupeira, quartilho e dandelion (inglês). Pertence à família Asteraceae.

Benefícios do dente-de-leão

As folhas do dente de leão são diuréticas e hipotensas e a raiz é antifúngica, colagoga, diurética, expectorante, galactagoga, tônica e laxante (com efeito moderado). Apenas as folhas são usadas para edema, enquanto a raiz é usada para diabetes. Tanto a folha quanto a raiz do dente-de-leão são usadas para hipertensão. As flores são usadas como um cataplasma para feridas. O talo é utilizado para combater verrugas e lavagens são indicadas para infecções fúngicas. O extrato de dente-de-leão melhora o funcionamento do fígado, permitindo que as toxinas sejam expulsas do corpo mais efetivamente.

Todo o dente-de-leão age como um tônico geral, principalmente como tônico hepático. Especialistas consideram o dente-de-leão como um excelente tratamento natural para doenças hepáticas, incluindo até mesmo casos extremos como cirrose. A erva purifica a corrente sanguínea e aumenta a produção de bílis, sendo útil também no tratamento de problemas de vesícula biliar. O dente-de-leão atua em outros órgãos internos como o baço, estômago, pâncreas e rins.

Outras condições de saúde beneficiadas pela erva incluem alívio em casos de artrite e reumatismo, hipertensão e, em doses terapêuticas ao longo do tempo, pode ajudar a reduzir a rigidez e aumentar a mobilidade em situações de doença articular degenerativa. Estudos preliminares com animais sugerem que o dente-de-leão pode ajudar a normalizar os níveis de açúcar no sangue e reduzir o colesterol total e triglicérides, enquanto eleva colesterol bom (HDL).

Preparações

O chá de dente-de-leão pode ser consumido em forma de infusão da folha, decocção da raiz, suco ou tintura. As folhas frescas e jovens são amargas e pode ser adicionadas a saladas cruas ou outros pratos. O suco extraído do caule e da folha é o mais parte potente da planta para fins medicinais. Tem sido usado para acalmar calos, feridas e picadas, além de eliminar verrugas. Infusões com as flores foram usadas como um embelezador facial com efeito refrescante para a pele. Na culinária, as folhas podem ser consumidas na primavera, antes de florescer, cruas ou cozidas. As raízes só devem ser utilizadas secas ou cozidas. As raízes assadas tem um efeito semelhante ao café. O vinho, feito das flores, é muito apreciado em alguns países.

Chá de dente-de-leão

Chá de dente-de-leão

Chá de dente-de-leão

As folhas e raízes secas, tomadas como um chá, agem como um laxante suave para aliviar a constipação e melhorar a digestão. A folha de dente-de-leão também é uma boa fonte natural de potássio, capaz de repor qualquer quantidade do mineral que possa ser perdida devido à ação diurética da erva sobre os rins. Tal característica faz do dente-de-leão um diurético seguro em casos de retenção de líquidos devido a problemas cardíacos. O chá de dente de leão pode ser preparado em forma de infusão.

Ingredientes

  • Aproximadamente 60 gramas de folhas de dente-de-leão.

Modo de preparo

  • Coloque 30 gramas de folha de dente de leão fresco em um recipiente aquecido.
  • Após, despeja 2,5 xícaras de água fervida no recipiente.
  • Cubra a mistura por cerca de 15 a 20 minutos. Coe em seguida;
  • Beba a infusão fria ou quente durante todo o dia, respeitando o limite de até três xícaras diárias;
  • O chá preparado pode ser guardado por cerca de dois dias na geladeira.

Dissol

Dissol Pro é um suplemento alimentar capaz de auxiliar na prevenção de formação e dissolução de cálculos renais, além de melhorar o funcionamento dos rins.

Tintura

Coloque cerca de 100 gramas de folhas e raízes finamente cortadas (ou cerca de 50 gramas da erva seca em pó) em um recipiente de vidro com conhaque, gin ou vodca. O álcool deve ser suficiente para cobrir todas as partes da planta e deve estar numa proporção de 50/50 de álcool para água. Cubra e guarde a mistura longe da luz por cerca de duas semanas, agitando várias vezes por dia. Coe e armazene em uma garrafa tampada de vidro escuro. Uma dose padrão é de 10 a 15 gotas da tintura na água, até três vezes ao dia.

Composição

O dente-de-leão é uma erva extremamente nutritiva, rica em potássio e lecitina, além de boro, ferro, fósforo, magnésio, niacina, proteínas, silício e zinco. Rico em vitaminas do complexo B, além de vitamina C, E e P. As folhas possuem constituintes químicos que incluem glicosídeos amargos, carotenoides, colina, terpenoides, sais de potássio, ferro e outros minerais. A raiz contém glicosídeos amargos, taninos, triterpenos, esteróis, óleo volátil, colina, asparagina e inulina.

Contraindicações e efeitos colaterais do dente-de-leão

O dente-de-leão pode causar dores de estômago e diarreias. Também pode diminuir os níveis de açúcar no sangue e interagir com outros medicamentos para diabetes. Como age como um colagogo, aumenta o fluxo da bile. Não deve ser usado por pessoas com fechamento dos dutos biliares e outras doenças biliares. Reações alérgicas a planta são raras.

Cultivo e desenvolvimento

Existem cerca de 100 espécies de dente-de-leão e todas elas possuem propriedades medicinais. É uma das ervas presentes na tradição da Páscoa, sendo considerada uma das ervas daninhas mais famosas e úteis do planeta. As folhas de dente de leão são verde-escuras com margens irregulares, sendo dispostas em um padrão de roseta e podendo crescer até até 45,7 cm em comprimento. Quando usada como corante, produz um tom roxo.

As flores dos dentes-de-leão são redondas e singulares, com pétalas na cor amarelo-ouro. Florescem desde o início da primavera até no outono em cima de talos ocos que podem alcançar de 10 a 20 centímetros de altura. A cor dourada das flores produz um corante amarelo pálido para a lã. Depois da floração. A flor desenvolve um aglomerado redondo de até 200 aquênios (frutos com uma semente cada). Cada aquênio é coberto com um pelo branco e penas leves para carrega-lo na brisa. A raiz do dente-de-leão pode atingir até 45 centímetros de profundidade no solo.

História e curiosidades

O dente-de-leão é nativo da Grécia e cresce naturalmente em regiões temperadas em todo o mundo. A flor se desenvolve de forma perene em qualquer solo com terra e incidência de luz solar. O nome popular é derivado do francês "dent de lion", referência para as margens irregulares da folha em forma de lança. O nome do gênero Taraxacum é derivado da palavra grega taraxos, que significa "desordem" e da palavra akos, que significa "cura. Outra derivação possível é do persa “tark hashgun”, que significa endívia-selvagem, um dos nomes comuns. Os dente-de-leões proporcionam alimento para muitos animais selvagens, tais como abelhas, cervos, gansos e coelhos.

Referências:
Williams, Christine A., Fiona Goldstone, and Jenny Greenham. "Flavonoids, cinnamic acids and coumarins from the different tissues and medicinal preparations of Taraxacum officinale." Phytochemistry 42.1 (1996): 121-127.
Mir, M. Amin, S. S. Sawhney, and M. M. S. Jassal. "Qualitative and quantitative analysis of phytochemicals of Taraxacum officinale." Wudpecker Journal of Pharmacy and Pharmocology 2.1 (2013): 001-005.
Jeon, Hye-Jin, et al. "Anti-inflammatory activity of Taraxacum officinale." Journal of ethnopharmacology 115.1 (2008): 82-88.
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Hoffmann, David L. "Dandelion." In Herbal Materia Medica. Health World Online.
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