O buchu (Agathosma betulina) é uma planta medicinal também conhecida como bucco, bucku, bookoo e diosma. O buchu faz parte da família das Rutaceae.
Benefícios do buchu
O buchu possui propriedades antissépticas, diuréticas e anti-inflamatórias. Além disso, é um excelente remédio para o tratamento de distúrbios respiratórios e gástricos. Antes mesmo da colonização europeia, a erva era usada tradicionalmente no tratamento de infecções urinárias. Segundo registros históricos, os africanos também usavam a buchu no tratamento de artrite, cálculos renais, cólera, dores musculares e infecções do trato urinário (UTI), sendo ainda usado para auxiliar no tratamento da incontinência associada com problemas de próstata.
Pesquisas recentes buscam comprovar a eficácia da Agathosma betulina no tratamento de hipertensão, bem como insuficiência cardíaca congênita. Apesar de promissora, a pesquisa ainda não chegou a um resultado final. Devido aos seus efeitos diuréticos suaves, porém eficazes e comprovados cientificamente, o buchu é indicado para o tratamento de casos menos graves e tratamentos mais rápidos, apesar de ser necessária doses mais altas nestes casos. Popularmente, é usada em forma de cataplasma para contusões. Em forma de ducha para leucorreia. As folhas são misturadas à óleos para produzir um perfume muito utilizado no continente africano.
Buchu Brandy
Ainda na África, os Khoikhoi, nativos do sudoeste da África, criaram uma bebida com o buchu conhecida como Buchu Brandy, que por sua vez é fabricada e comercializada até hoje. Sua utilização mais comum é como um conhaque medicinal. Dentro de diversas culturas africanas, a infusão de folhas foi utilizada para o tratamento de síndrome pré-menstrual. Segundo registros, o buchu ajudava a diminuir as dores e desconfortos do ciclo. Fora da África do Sul, o buchu é mais utilizado como um componente bastante encontrado em fórmulas de medicamentos comercializados em lojas de medicina natural. Sua versão em óleo essencial é a mais conhecida.
Como consumir o chá de buchu?
O melhor jeito para para se consumir o buchu é em sua forma de chá. Basicamente, deve-se fazer uma infusão das folhas secas e esmagadas da erva. Além disso, também é possível usá-la em sopas e caldos. Contudo, é preciso coar a mistura antes de servir a refeição.
Contraindicações e efeitos colaterais do buchu
Em grande quantidade, a Agathosma betulina pode causar diarreias. Além disso, não se recomenda o uso na gravidez e durante a fase de amamentação. Pessoas com problemas no estômago e rins também devem evitar a uso, vez que se trata de um diurético natural. A alta dosagem pode gerar o esgotamento do potássio no organismo. Pacientes com inflamações urinárias agudas devem evitar o uso.
História e curiosidades
Dentro do meio cientifico, a espécie pode ser intitulada tanto como Agathosma betulina quanto como Barosma betulina. É originaria da África do Sul, local no qual pode ser encontrada facilmente até hoje. Seu cultivo também se concentra na região, mas pode ser encontra em jardins e viveiros privados ao redor do mundo. Trata-se de um arbusto que pode crescer até atingir dois metros de altura e possui uma cor única. Sua casca varia entre o vermelho amarronzado e o violeta. Suas folhas podem ter tons de amarelo, verde ou marrom.