Aroeira: saiba para que serve o chá

Aroeira - Schinus terebinthifolius

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Conheça os benefícios, efeitos colaterais, indicações e propriedades medicinais da aroeira – Schinus terebinthifolius, planta que dá o fruto pimenta rosa.

Atualizado em 20/09/2022

A aroeira (Schinus terebinthifolius) é uma planta medicinal também conhecida como aroeira-mansa, aroeira-brasileira, aroeira-vermelha, árvore-de-aroeira, cabuí, cambuí, fruto-de-sabiá, aguaraíba, aroeira-do-brejo, pimenteira, corneíba, aroeira-do-Paraná, pimenta-rosa, dentre outros nomes populares. O fruto da aroeira é conhecido como pimenta rosa, popular na França, onde é utilizada como ornamentação e tempero na culinária. Em relatos datados por volta do ano de 1600, era utilizada como odorífero por causa do seu óleo, obtido da destilação de suas folhas frescas, que também servia para afastar moscas domésticas.

Benefícios da aroeira

As partes utilizadas são as folhas e frutos em forma de extrato ou óleos essenciais. Suas cascas e folhas secas podem ser usadas em forma de chás, fervidas em água por 10 minutos. Pode inclusive ser colocado em geladeira para consumo posterior. O chá pode ser utilizado como antisséptico em feridas expostas, sendo que seu óleo essencial tem ação antimicrobiana contra um amplo espectro de bactérias, fungos e vírus (não só patógenos ao homem como também a outros vegetais). O chá de aroeira é indicado para distúrbios respiratórios, dentre outras condições de saúde. os casos de azia, úlcera e gastrite, utilizar os frutos cozidos por 2 vezes, cada vez com meio litro de água e beber em doses de 30 ml, duas vezes ao dia. Há patentes no exterior de produtos à base de óleo essencial de aroeira-brasileira, como medicamentos tópicos de ação bactericida utilizado contra Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus e para limpeza de pele e de ação contra a acne.

Para uso tópico, o óleo essencial é eficaz contra micoses, candidíases e outras infecções vulvovaginais. Além disso, possui ação regeneradora dos tecidos, sendo útil em escaras, queimaduras e problemas de pele em geral por ajudar na cicatrização. Pode ser incorporado em loções, géis ou sabonetes. O uso mais recomendado é contra ferimentos e úlceras. Para o uso em banhos, as cascas podem ser fervidas em água para aliviar sintomas de reumatismo. Como compressas intravaginais, o extrato aquoso das cascas na concentração de 10% promove a cura de cervicite e cervicovaginites em cerca de 3 semanas. Para gargarejos e bochechos no caso de dores de garganta e gengivites, deve-se cozinhar em 1 litro de água, 100g da entrecasca limpa e seca.

FIGAPRO

Figapro é o suplemento alimentar mais utilizado no Brasil para auxiliar na eliminação da gordura do fígado (esteatose) e melhorar a saúde hepática.

Contraindicações e efeitos colaterais da aroeira

O pólen abundante da planta pode provocar reações alérgicas em pessoas sensíveis. O uso medicinal das preparações deve ser feito com cautela pois há possibilidade do desencadeamento de reações alérgicas na pele e mucosas devido à sua seiva irritante.

História e curiosidades

A aroeira de nome popular é nativa da Argentina, Paraguai e Brasil e inclui os sinônimos botânicos Schinus mucronulata, S. weinmanniifolius, S. riedeliana, S. selloana, S. damaziana, S. raddiana e S. aroeira. A Schinus spp é uma árvore de pequeno a médio porte, com frutos e flores. É largamente utilizada no paisagismo e como cerca viva.  No Brasil registra-se ainda seu uso nos candomblés como balsâmico devido a seu poder aromatizante e pelos indígenas como droga no tratamento do "sapinho" e dores de dente. Atualmente, é uma das 71 plantas medicinais listadas pelo Ministério da Saúde como de interesse ao SUS (RENISUS), autorizadas pelo Ministério da Saúde para serem receitadas e distribuídas. A Schinus terebinthifolius faz parte da família Anacardiaceae.

Referências:
Bendaoud, Houcine, et al. "Chemical composition and anticancer and antioxidant activities of Schinus molle L. and Schinus terebinthifolius Raddi berries essential oils." Journal of food Science 75.6 (2010): C466-C472.
Carvalho, M. G., et al. "Schinus terebinthifolius Raddi: chemical composition, biological properties and toxicity." Revista Brasileira de Plantas Medicinais 15 (2013): 158-169.
El-Massry, Khaled F., et al. "Chemical compositions and antioxidant/antimicrobial activities of various samples prepared from Schinus terebinthifolius leaves cultivated in Egypt." Journal of agricultural and food chemistry 57.12 (2009): 5265-5270.
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