A Arnica montana é uma planta medicinal também conhecida como arnica-silvestre, espiga-de-ouro, erva-lanceta, arnica-da-montanha, tabaco-das-montanhas, tabaco-montês, leopardsbane, bane leopard, wolfsbane e bane wolf (inglês). Pertence a família Asteraceae.
Benefícios da Arnica montana
As flores, folhas e raízes concentram as propriedades curativas da Arnica montana, um remédio homeopático muito utilizado para dores, contusões, artrite e reumatismo. Também é administrada para estado de choque, epilepsia, enjoos no mar, flebites, frieiras, laringites, traumas, varizes e vertigem. Quando usada homeopaticamente antes e depois de cirurgias, pode ajudar a minimizar a tensão pós-traumática. As flores são usadas para reduzir o inchaço e a dor causada por contusões, entorses, problemas articulares e musculares.
A arnica melhora o fluxo de sangue coronário e ajuda na reabsorção de fibrina, proteína sanguínea muito importante que é perdida após a pessoa sofrer danos internos. É utilizada também no tratamento de pessoas com choques e traumas resultantes da exposição à violências, terror, morte, desastre ou histeria. A arnica é usada topicamente e não deve ser aplicada sobre a pele raspada ou feridas abertas. O extrato das flores da Arnica montana é caracterizado como um líquido de cor marrom-escura.
Em cosméticos e produtos de cuidados pessoais, a Arnica montana e o extrato das flores da arnica são utilizados na formulação de uma variedade de tipos de produtos, incluindo produtos de cuidados da pele, purificadores de pele, xampus, condicionadores e produtos para o cabelo.
Gel de arnica
As raízes da arnica contêm derivados de timol, que são usados como fungicidas e conservantes, e podem ter um efeito anti-inflamatório. Quando usado topicamente num gel a uma concentração de 50%, a Arnica montana possui o mesmo efeito para o tratamento dos sintomas de osteoartrite nas mãos comparado a géis com 5% de ibuprofeno.
Benefícios e usos do óleo de Arnica montana
O principal uso do óleo de Arnica montana é para osteoartrite, a forma mais comum de artrite, caracterizada por degeneração das cartilagens acompanhada de alterações das estruturas ósseas vizinhas. As mais atingidas são as articulações da coluna, joelhos, mãos, joelhos, além das coxofemurais (ligação da coxa com o quadril). As primeiras pesquisas mostraram que o uso do óleo de arnica duas vezes ao dia durante 3 semanas reduziu a dor e a rigidez e melhorou a função em pessoas com osteoartrite no joelho ou mão. Outra pesquisa mostra que usar o mesmo óleo funciona tão bem quanto o analgésico ibuprofeno na redução da dor e na melhora da função das mãos.
Em estudos, foi comprovado atividades analgésica, anti-inflamatória e cicatrizante com o uso tópico da Arnica montana. O óleo de arnica é aplicado em massagens, visto que melhora o fluxo sanguíneo e alivia contusões, distensões musculares, dores e hematomas. Além disso, a arnica pode ser aplicada no couro cabeludo, suas propriedades antioxidantes ajudam a combater a queda capilar. O óleo estimula a produção de folículos pilosos, fortalecendo os mesmos e também as fibras capilares. As propriedades antibacterianas, anti-inflamatórias e calmantes ainda podem livrar o couro cabeludo de produzir excesso de gordura, principal fator que gera caspa.
Composição do óleo vegetal de Arnica montana
A Arnica montana é uma planta originária das montanhas da Europa e da Sibéria, rico em ácidos graxos (ômega 6). É amplamente utilizada para auxiliar condições de contusões, dores articulares e musculares, além de inchaços, vez que contém grandes quantidades de componentes como lactonas sesquiterpênicas.
Benefícios primários
Efeito analgésico e anti-inflamatório.
Parte utilizada
Óleo extraído através da maceração das flores em óleo vegetal.
Modo de uso
Aplicar algumas gotas diretamente na pele e/ou couro cabeludo ou diluir em cremes e loções cremosas.
Precauções
Uso externo. Evitar contato com os olhos. Em caso de irritação, suspender o uso. Se os sintomas persistirem, procure um médico. Conservar em recipiente hermético protegido de umidade, ao abrigo de luz e calor.
Contraindicações e efeitos colaterais da Arnica montana
A Arnica montana contém a toxina helenalina, que pode ser venenosa caso a planta seja ingerida em grande quantidades. Pode provocar uma gastroenterite grave e causa hemorragia interna do aparelho digestivo em altas doses. O contato direto com a planta pode causar irritação da pele. É contraindicado o uso excessivo interno, uma vez que pode causar irritações nos rins e no sistema digestivo.
Também pode causar vertigens, razão pela qual é mais popular quando utilizada em doses homeopáticas. A planta arnica age na cicatrização de feridas e, no caso de aplicação do extrato da arnica diretamente no corpo, deve ser aplicada com cuidado e moderação, de forma sistêmica, uma vez que pode causar irritação na pele.
História e curiosidades
A Arnica montana é uma planta originária das regiões montanhosas do norte da Europa, de terras silicosas. O cultivo da Arnica montana no Brasil é de difícil adaptação. Existem muitas plantas chamadas popularmente de arnica, entretanto, na verdade, existem espécies diferentes que não possuem a mesma aplicação terapêutica. O nome popular da planta em inglês é wolfsbane, onde a palavra "bane" significa algo como "veneno mortal". A espécie Arnica montana é uma planta perene que floresce no mês de julho. As flores são hermafroditas (possuem os dois órgãos masculinos e femininos) e são polinizadas por abelhas, moscas e outros insetos.