A quebra-pedra (Phyllanthus niruri) é uma planta medicinal também conhecida como quebra-pedras, arranca-pedras, arrebenta-pedras, quebra-pedra-pranco, cana-de-bico, erva-eombinha, erva-pombo, chanca piedra e colarcillo (espanhol), stone breaker e shatter stone (inglês), dentre outros nomes populares. Inclui os sinônimos botânicos Phyllanthus niruri, Phyllanthus amarus, Phyllanthus tenelus, Phyllanthus amarus urinaria, P. carolinianus, P, sellowianus, P. fraternus, P. kirganella, P. lathyroides, P. lonphali, Nymphanthus niruri, dentre outras. Pertence à família Euphorbiaceae.
Benefícios do quebra-pedra
O quebra-pedra foi assim chamada depois de ser utilizada com eficácia por gerações de povos indígenas da Amazônia para ajudar na eliminação de cálculos biliares (vesícula biliar) e cálculos renais (pedras nos rins). Outros usos principais do quebra-pedras incluem o equilíbrio, fortalecimento, desintoxicação e proteção do fígado e dos rins, redução do ácido úrico e aumento da micção; combate à ação de vírus, incluindo hepatite A, B, e C, herpes e HIV e reduz a hipertensão os níveis de colesterol ruim corpo.
O quebra-pedra também ajuda na redução do colesterol, além de desintoxicar e reparar danos no fígado em pacientes com hepatite e icterícia. Atualmente, a quebra-pedra é muito pesquisada por suas potenciais propriedades contra vários tipos de câncer, incluindo a inibição da reprodução de células cancerígenas (incluindo células do sarcoma, carcinoma e linfoma). As propriedades antivirais da planta também são muito pesquisadas para a cura de várias doenças. A Phyllanthus spp possui uma grande quantidade de fitoquímicos e, por isso, existe grande dificuldade de isolá-los e pesquisar sobre os seus efeitos separadamente, fator que explica porque muitas propriedades medicinais do quebra-pedra ainda continuam sem qualquer tipo de comprovação científica.
Ação da quebra-pedra para dissolver pedras nos rins
Em estudo clínico, o extrato de quebra-pedra foi capaz de bloquear a formação de cristais de oxalato de cálcio (blocos de pedras nos rins). Em 2002, pesquisadores trataram durante 42 dias ratos com bexigas com cristais de oxalato de cálcio utilizando o chá de quebra-pedras. Os resultados indicaram que a quebra-pedras inibiu a quantidade e crescimento das pedras no grupo controle.
Em outro estudo, de 2003, pesquisadores concluíram que o quebra-pedra pode prevenir a formação de cálculos renais, sendo uma alternativa natural de prevenção e tratamento da urolitíase. O efeito antiespasmódico da planta inclui o relaxamento da musculatura lisa no trato urinário ou biliar, auxiliando na expulsão de cálculos renais ou na bexiga.
Chá de quebra-pedra
O chá de quebra pedra é muito tradicional na medicina popular, sendo utilizado com eficácia por gerações de povos indígenas da Amazônia para ajudar na eliminação de cálculos biliares (vesícula biliar) e cálculos renais (pedras nos rins). Com base em diversos estudos científicos, foi esclarecido que a utilização do quebra-pedra favorece a promoção do relaxamento dos ureteres que, aliado a uma ação analgésica, facilita a descida dos cálculos, geralmente sem dor nem sangramento, aumentando a filtração glomerular e a excreção de ácido úrico (LORENZI; MATOS, 2008).
Modo de preparo
Adicione uma colher de sopa do chá de Quebra Pedra Medicina Natural em uma chaleira ou panela com 500ml. Ligue o fogo e espere ferver. Após a fervura, desligue o fogo e tampe o recipiente, abafando o chá, por cerca de 15 minutos. Após isso, basta coar o chá e consumir.
Sugestão de consumo
Ingerir 200ml de chá de quebra-pedra 3 (três) vezes ao dia.
A quebra-pedra aumenta a secreção de ácidos biliares
Pesquisares da Índia concluíram que a quebra-pedras aumenta a secreção de ácidos biliares na vesícula biliar, reduzindo significativamente os níveis de colesterol e triglicérides em ratos. Os efeitos hipotensores foram atribuídos a um fitoquímico encontrada no quebra-pedras conhecido como geraniin. Em 1995, cápsulas de quebra-pedra dadas a pacientes resultaram em um aumento significativo no volume de urina e excreção de sódio. Também foi notado um diminuição acentuada nos níveis de açúcar no sangue, agindo em terminações nervosas expostas a alta concentração de açúcar no sangue (altas concentrações podem levar a neuropatia diabética e degeneração macular). Tais propriedades hipoglicemiantes da planta foram conferidas em parte a presença de ácido elágico.
Contraindicações e efeitos colaterais da quebra-pedra
A quebra-pedra pode aumentar o efeito da diabetes (pode interagir com outros remédios antidiabéticos ou até potencializar os efeitos da insulina, pressão alta e de outros diuréticos). Em altas doses a planta pode ser abortiva. Não deve ser utilizado durante a gravidez. A planta tem sido indicada como redutor da fertilidade feminina (contraceptivo). Pessoas com condições cardíacas frágeis só devem utilizar a planta sob recomendação e supervisão médica.
História e curiosidades
O quebra-pedra é uma pequena erva com cerca de 30 a 40 cm de altura. É originária das florestas tropicais da Amazônia e outras áreas tropicais em todo o mundo, incluindo sul da Índia, Bahamas e China. A variedade Phyllanthus niruri é bastante comum na Amazônia e outras florestas tropicais úmidas, crescendo e se espalhando como erva-daninha. A P. amarus e P. sellowianus estão intimamente relacionadas com a P. niruri na aparência, estrutura fitoquímica e histórico de uso medicinal, mas normalmente são encontrados em climas tropicais mais secos.
O gênero Phyllanthus contém mais de 600 espécies de arbustos, árvores e ervas anuais ou bienais distribuídas pelas regiões tropicais e subtropicais de ambos os hemisférios. A Phyllanthus spp (P. amarus, P.niruri, P. tenellus e P. urinaria) faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS), constituída de espécies vegetais com potencial de avançar nas etapas da cadeia produtiva e de gerar produtos de interesse do Ministério da Saúde do Brasil.