Anadenanthera colubrina – ANGICO-BRANCO; ANGICO-VERMELHO

Anadenanthera colubrina

Nomes populares

Angico, angico-branco, angico-de-bezerro, angico-de-caroço, angico-vermelho, vilca (Espanha), angico (França), angico (Itália), angico (Alemanha).

Sinônimos botânicos

Acacia colubrina, Anadenanthera macrocarpa, Mimosa colubrina, Piptadenia colubrina.

Família

Fabaceae

Partes usadas

Casca, folhas, sementes.

Usos tradicionais

  • Asma.
  • Bronquite.
  • Desintoxicação.
  • Distúrbios digestivos.
  • Inflamações.
  • Problemas respiratórios.
  • Reumatismo.
  • Tosse.

Propriedades medicinais da Anadenanthera colubrina

  • Adstringente (constringe tecidos e fecha poros na pele; causa constrição de mucosas na boca; contrai vasos capilares).
  • Anti-inflamatório (combate a inflamação nos tecidos).
  • Antimicrobiano (destrói ou impede o desenvolvimento de micróbios).
  • Expectorante (facilita a saída de secreções por via respiratória).
  • Hepatoprotetor (protege ou contribui para proteger o fígado).
  • Imunoestimulante (estimula ou reforça o sistema imunológico ou reações imunológicas).
  • Vermífugo (provoca a expulsão dos vermes que parasitam o intestino).

Preparações

Chá, decocção, extrato, infusão, pó, tintura.

Dissol

Dissol Pro é um suplemento alimentar capaz de auxiliar na prevenção de formação e dissolução de cálculos renais, além de melhorar o funcionamento dos rins.

Contraindicações e efeitos colaterais

Evitar o uso durante a gravidez e lactação. Pode causar irritação gástrica e reações alérgicas em algumas pessoas. Uso excessivo pode ser tóxico.

Fitoquímicos

Alcaloides, flavonoides, saponinas, taninos, terpenos.

Curiosidades

– A espécie Anadenanthera colubrina, conhecida popularmente como angico, é uma planta da família Fabaceae. Suas folhas compostas e vagens características são facilmente reconhecíveis. A planta é nativa da América do Sul, sendo amplamente utilizada na medicina tradicional e em rituais indígenas por suas propriedades terapêuticas e alucinógenas.

– Na medicina tradicional, o angico é valorizado por suas propriedades adstringentes e anti-inflamatórias. Sua casca e sementes são usadas para preparar chás e infusões que ajudam no tratamento de problemas respiratórios, inflamações e desintoxicação. Além disso, a planta é conhecida por suas propriedades expectorantes, sendo utilizada para aliviar sintomas de tosse e bronquite.

– A planta prefere solos bem drenados e pode ser encontrada em áreas de floresta e savana. A Anadenanthera colubrina é uma árvore que pode atingir até 20 metros de altura. Sua capacidade de crescer em diversos ambientes a torna uma espécie versátil e popular em fitoterapias e práticas tradicionais.

– Estudos científicos têm investigado as propriedades farmacológicas do angico, destacando seu potencial antimicrobiano e hepatoprotetor. Pesquisas indicam que os compostos presentes na planta, como os alcaloides e taninos, podem ajudar a combater infecções e proteger o fígado de danos. Essas descobertas corroboram o uso tradicional do angico e sugerem novos caminhos para o desenvolvimento de tratamentos fitoterápicos.

Referências:
Cortella, A. R., et al. “Chemical Composition and Biological Activities of Anadenanthera colubrina.” *Journal of Ethnopharmacology*, vol. 152, no. 1, 2014, pp. 111-116.
Carvalho, P. E. R. “Espécies Arbóreas Brasileiras.” Embrapa Informação Tecnológica, 2003.
De Lima, L. A., et al. “Pharmacological Properties of Anadenanthera colubrina.” *Fitoterapia*, vol. 82, no. 1, 2011, pp. 89-92.
Mota, E. M., et al. “Antioxidant and Antimicrobial Activities of Anadenanthera colubrina Extracts.” *Revista Brasileira de Farmacognosia*, vol. 21, no. 6, 2011, pp. 1069-1076.
Oliveira, F., et al. “Biological Activities of Tannins from Anadenanthera colubrina.” *Planta Medica*, vol. 76, no. 3, 2010, pp. 227-233.
Ribeiro, R. A., et al. “Chemical Constituents and Biological Activities of Anadenanthera colubrina.” *Phytochemistry Reviews*, vol. 11, no. 1, 2012, pp. 209-222.
Silva, M. G. V., et al. “Antibacterial and Antifungal Activities of Anadenanthera colubrina.” *Journal of Applied Microbiology*, vol. 104, no. 6, 2008, pp. 1805-1812.
Souza, V. C., et al. “Botânica Sistemática: Guia Ilustrado para Identificação das Famílias de Angiospermas da Flora Brasileira.” *Nova Odessa*, 2007.