Strychnos ignatii
Nomes populares
Fava-de-Santo-Inácio, fava-de-ignácia, fava-de-Santo-Inácio, sementes-de-Santo-Inácio, bean of Saint Ignatius (Reino Unido), haba de San Ignacio (Espanha), fève de Saint-Ignace (França), fava di Sant'Ignazio (Itália), ignatiusbohne (Alemanha).
Sinônimos botânicos
Strychnos tieute, Ignatia amara.
Família
Loganiaceae
Partes usadas
Cascas, raízes, sementes.
Usos tradicionais
- Convulsões.
- Depressão.
- Distúrbios nervosos.
- Febres intermitentes.
- Histeria.
- Insônia.
- Migrações.
- Nervosismo.
- Paralisia.
- Reumatismo.
Propriedades medicinais da Strychnos ignatii
- Analgésico (diminui ou suprime a dor).
- Antiespasmódico (inibe a motilidade da musculatura visceral, prevenindo a ocorrência de espasmos no estômago, intestino, útero ou bexiga).
- Estimulante (produz um aumento temporário da atividade funcional de um organismo ou de qualquer parte dele).
- Tônico nervoso (fortalece e revitaliza o sistema nervoso).
Preparações
Chá, extrato, infusão, tintura.
Contraindicações e efeitos colaterais
Pode ser extremamente tóxica em doses elevadas, causando convulsões e até morte. Deve ser usada com cautela e sob supervisão médica.
Fitoquímicos
Alcaloides, estricnina, brucina, taninos.
Curiosidades
- A Strychnos ignatii, conhecida como fava-de-santo-inácio, é uma planta trepadeira da família Loganiaceae, nativa das Filipinas e de outras partes do sudeste asiático. Contudo, é amplamente conhecida por suas sementes que contêm alcaloides poderosos como a estricnina e a brucina. Essas substâncias são altamente tóxicas, mas têm sido usadas em pequenas doses na medicina tradicional para tratar vários distúrbios nervosos.
- Na medicina homeopática, a fava-de-santo-inácio é utilizada para tratar sintomas de depressão, nervosismo e histeria. Contudo, as preparações homeopáticas diluem a substância tóxica a níveis seguros, permitindo o uso terapêutico. Além disso, a planta é conhecida por suas propriedades estimulantes e tônicas, que ajudam a revitalizar o sistema nervoso.
- A planta possui uma longa história de uso medicinal, especialmente entre os jesuítas que a descobriram e introduziram na Europa no século XVII. Contudo, a fava-de-santo-inácio também tem sido usada em rituais e práticas tradicionais em várias culturas asiáticas. Seu nome homenageia Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus.
- Estudos científicos modernos têm investigado os efeitos farmacológicos da brucina e estricnina presentes na Strychnos ignatii. Contudo, devido à sua alta toxicidade, o uso da planta é restrito e deve ser feito com extrema cautela, sendo mais restringida ao uso da homeopatia. Pesquisas continuam a explorar maneiras seguras de aproveitar seus potenciais benefícios terapêuticos.